"TWO LIPS OR TULIPS"
Duração: 60 minutos
Premiere: Agosto de 2000 - Clube RioPardense
São José do Rio Pardo - SP
Criação, coreografia e direção:
Joao Butoh
Interpretação: Ogawa Butoh Center
“ Um dia você aprende que...
Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se, e que companhia nem sempre significa segurança. E começa a aprender que beijos não são contratos e presentes não são promessas. E começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança. Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo. E aprende que não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam... E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la, por isso. E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame, não significa que esse alguém não o ama contudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso. Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém, algumas vezes você tem que aprender a perdoar-se a si mesmo. Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, ao invés de esperar que alguém lhe traga flores..."
("After some time you learn" - Veronica A. Shoffstall)
O espetáculo é fundamentado na dança butoh e inspirado em obra de William Shakespeare. Retrata o amor em diferentes situações. A solidão, o relacionamento a dois, a saudade, o amor incondicional, o amor de Deus, o amor que move o universo.
Prometeus, por amor aos homens, doou o fogo à humanidade, foi punido, aprisionado a uma rocha e ainda, diariamente, uma águia vinha e lhe comia o fígado. O amor é assim, uma força infinita, ele pode ser arrancado do peito, mas voltará sem que estejamos esperando, mesmo que lutando contra ele, que nasce novo a cada dia, nos transforma e alimenta.
“One day you learn that...
After some time you learn the difference, the subtle difference between to give the hand and to chain a soul. And you learn that to love don't mean to lean on, and that company not always it means safety. And begins to learn that kisses are not contracts and presents are not promises. And begins to accept your defeats ahead with the erect head and eyes, with an adult's grace and not with a child's sadness. After a time you learn that the sun burns if you be exposed it for a long time. And he learns that doesn't matter how much you care, some people simply don't care... and you accept that doesn't matter how good a person can be, she will hurt you once in a while and you need to forgive her, by that. And what is matter, is not what you have in the life, but who you have in your life. you realize that you spend a long time to become the person that you want to be, and that the time is short. you realize that just because somebody doesn't loves you of the way that you want that he loves, it doesn't mean that somebody don't love you as much as you can, therefore there are people that love us, but they don't simply know as how to demonstrate or to live that. you learns that is not always enough to be forgiven by someone, sometimes you have to learn to forgive to yourself. you learns that doesn't matter in how many pieces your heart were broken, the world doesn't stop so that you repair it Therefore, plant your garden and decorate your soul, instead of hoping that someone brings you flowers..."
("After some time you learn" - Veronica A. Shoffstall)
The show is based in the butoh dance and inspired in William Shakespeare's work, it portrays the love in different situations. The solitude, the relationship between two people, the missing, the unconditional love, the love that we have for God, the love that moves the universe.
Prometeus, for love to the mankind, donated the fire to the humanity, it was punished, arrested to a rock and still, daily, an eagle came and ate his liver. The love is like this, an infinite power, it can be pulled out the chest, but it will return without we are waiting for, even if we struggling against him, that is born new every day, it transforms and feeds us.
Our work has been developing if through research and experiment. Vanguard without avant-garde movements, the search of the new without falling in the obvious, a contemporary language linking the dance to the theater, the theater to the dance, looking for in the simple the most perfect movements, the quality of the movement, the synthesis of the art. We looked for another potency, to use the body without being used by itself, the words are almost always unnecessary, because the gestures are concentrated in reaching the sensibility and not the intellect. We believed in a plastic language where the theater is visual, composed by form and action, where both they are completed. We tried to do a coalition of everything: pantomime, theater, dances (the most varied techniques) plastic arts, costumes designs, etc...
In this show, we've developing inspired actions in text of Shakespeare, where the love is the main focus. They appear along the show, reference of works of Shakespeare, as well as of his characters, as form of enrichment of references. In search of an universal language, we also detached a poetic feeling , romantic and tragic...