O FESICA - O FESTIVAL SIMONENSE DA CANÇÃO
O FESICA teve sua primeira edição no ano de 1973 no Cine-Theatro “Carlos Gomes”, foi realizado de 1975 a 1988 no Cine Oásis, de 1989 a 1996 no Ginásio de Esportes “Amadeu Geraigire”, em 1997 teve sua edição comemorativa dos 25 anos realizada no Centro Comunitário “ Antônio da Silva Ferreira” e 1998 no Ginásio de Esportes ”Amadeu Geraigire”. De 1999 a 2006 não foi realizado o festival.
Os vencedores dos 1ºs lugares do Festival Simonense da Canção.
1974 - “SAMBA DE BÊBADO”
1975 - “PONTO TONTO”
1976 - “ÊXTASE”
1977 - “LEMBRANÇAS DO MAR”
1978 - “MILAGRE DO QUENTÃO”
1979 - “MENOS UM”
1980 - “VOAR”
1981 - “SEM SAÍDA”
1982 - “FÈ”
1983 - “MARIANA, MAR É DIA”
1984 - “MARAMOR”
1985 - “APENAS FRASES”
1986 - “MENSAGEIROS DA PAZ”
1987 - “FELIZ”
1988 - “LADEIRAS DE PASSOS”
1989 - “SOS. MOÇAMBIQUE”
1990 - “VIDA PINÉIA”
1991 - “PAIXÃO VIOLEIRA”
1992 - “”PUÇANGUEIRA”
1993 - “GAROA DE IPANEMA”
1994 - “A LUZ”
1995 - “BANANA BANANEIRA - HISTÓRIA DE ATRAVESSADOR”
1996 - “A VOZ DA AMÉRICA”
1997 – Edição comemorativa dos 25 anos
1998 – "O BARCO E O MAR"
1998 – houve a realização do evento pela última vez.
Em 1997, na comemoração dos 25 anos, os antigos integrantes da Juventude Unida Simonense receberam uma homenagem. Na ocasião foi feito este texto que segue abaixo, especialmente para eles. “Há muito tempo atrás, existia uma cidade, pequenina e calada que ficava ao sopé de uma montanha. Um dia, um grupo de amigos, resolveu realizar um evento para alegrar os moradores desta cidade. Foram três dias de intensa magia, onde se podia ouvir os sons mais perfeitos produzidos pelo homem.
JANEIRO
Mês de férias, a cidade está cheia de gente, e sempre existe uma programação voltada para este público, que são bailes nos clubes da cidade.
Durante o dia o fervo é na praínha do Tamanduá, que fica a 8 km da cidade. A noite o "point" é a Pça da República, entre o Bahamas Bar e a Eron Pizzaria. É tanta gente que a rua fica lotada (aos finais de semana, a rua é fechada para uso só de pedestres das 19h00 às 23h00 aprox.) o pessoal fica todo por ali até decidirem onde ir dançar.
FEVEREIRO
O Carnaval em São Simão é na rua há mais de 20 anos, acontece na Av. Simão da Silva Teixeira na região do Terminal Rodoviário. O Local é cercado e coberto para maior segurança dos foliões e tem entrada franca. O local fica lotado sempre, a estimativa de público por dia é de 5.000 pessoas. Existe uma infra-estrutura muito boa, com banheiros, seguranças, bar central, ambulância de plantão e a música é conjunto ao vivo. São 5 noites de folia - das 23h00 às 4h00 e duas matinês para as crianças - domingo e terça das 16h00 às 19h00. O carnaval sempre foi muito animado na cidade, durante o dia o pessoal vai à praínha do Tamanduá, e logo depois vão para as "repúblicas" (casas alugadas onde grupos de pessoas passam o período de carnaval), nestas repúblicas, que pode ser só de rapazes, ou só de moças, ou de casais de amigos, familiares, o pessoal costuma ter no cardápio principal o famoso churrasco e muito chopp e cerveja. A animação é constante. Cada ano que passa começa mais cedo, geralmente uma semana antes o pessoal já começa a pernoitar nas casas. Muitos fazem uniforme, estampando em camisetas o nome da república a qual pertence. HISTÓRICO DO CARNAVAL NA CIDADE:
Muitas glórias também fazem parte da história deste festival, que lançou muitos artistas para o mercado fonográfico, receberam influência em suas carreiras e que hoje suas histórias se fundem a história do FESICA.
Os criadores deste festival, a JUS - Juventude Unida Simonense, a quem agradecemos pelos valores culturais fomentados em nossa comunidade.
Estes Jovens faziam aqui, o que o país via e vivia através dos poucos televisores preto e branco disponíveis. Quando de uma época em que os jovens tentavam se comunicar através da música.
1973 - “EU VOU JÁ”
Cidade: São Simão
de: Carlos Ferreira Jr. e Fernando A Fernandes
Intérprete: Neusa Mahlow
Prêmio extra - Melhor Letra
Cidade: São Simão
de: Carlos Ferreira Jr. e Fernando A Fernandes
Intérprete: Neusa Mahlow
Prêmio extra - Intérprete Feminina
Cidade: São Simão
de: João Paulino Quartarola e Neusa Mahlow
Intérprete: Neusa Mahlow
Prêmio extra - Melhor Letra e Intérprete Feminina
Cidade: São Paulo
de: Antônio Claret Mesquita e Lúcio Barbosa
Prêmio extra - Originalidade e Melhor Intérprete
Cidade: Ribeirão Preto
de: Vagner Ap. Tenelli
Intérprete: Rosângela - Grupo Grysalida
Prêmio extra - Melhor Letra e Intérprete Feminina
Cidade: São Simão
de: Antônio de Pádua Pacheco
Intérprete: Antônio de Pádua Pacheco e Grupo
Cidade: São Simão
de: Suely Galli Soares e Neusa Mahlow
Intérprete: Neusa Mahlow
Prêmio extra - Intérprete Feminina e Originalidade
Cidade: São Paulo
de: Déo Lopes e Toninho Veríssimo
Prêmio extra - Intérprete Masculino
Cidade: São Simão
de: Suely Galli Soares e Neusa Mahlow
Intérprete: Neusa Mahlow
Cidade: São Simão
de: Suely Galli Soares e Neusa Mahlow
Intérprete: Neusa Mahlow
Cidade: Santa Rosa de Viterbo
de: Simone Guimarães
Intérprete: Simone Guimarães
Prêmio extra - Intérprete Feminina
Cidade: Santa Rosa de Viterbo
de: Simone Guimarães
Intérprete: Simone Guimarães
Prêmio extra - Intérprete Feminina
Cidade: Ribeirão Preto
de: Plauto de Freitas Barreto
Intérprete: Hilda
Prêmio extra - Intérprete Feminina
Cidade: Barretos
de: Mussa Kalil Neto
Intérprete: Musa Kalil Neto
Cidade: Rio de Janeiro
de: Nilson Chaves
Intérprete: Nilson Chaves
Cidade: Ribeirão Preto
de: Gilberto Andrade de Abreu e João Batista Andrade de Abreu
Intérprete: João Batista Andrade de Abreu
Cidade: São Paulo
de: Beto Santos e Diná Nascimento
Intérprete: Grupo Repente
Prêmio extra - Arranjo
Cidade: Jaboticabal
de: Popolla e Bira
Intérprete: Popolla e Bira
Cidade: Botucatu
de: Osni Ribeiro
Intérprete: Osni Ribeiro
Prêmio extra - Intérprete masculino
Cidade: Rio de Janeiro
de: Eudes Fraga e Joãozinho Gomes
Intérpretes: Eudes Fraga e Joãozinho Gomes
Cidade: São Simão
de: André Luiz de Souza Pinto
Intérprete: André Luiz de Souza Pinto e Banda
Cidade: São Simão
de: André Luiz de Souza Pinto
Intérprete: André Luiz de Souza Pinto e Banda
Cidade: São Paulo
de: Alexandre Siqueira
Intérprete: Alexandre Siqueira
Cidade: Rio de Janeiro
de: Tibério Gaspar Rodrigues Pereira
Intérprete: Tibério Gaspar Rodrigues Pereira
Não houve competição.
Comemoração dos 25 anos
Fotos: Jornal Nosso Vale
Cidade: São Simão - SP
de: André Luiz de Souza Pinto
Intérprete: André Luiz de Souza Pinto
Neusa Mahlow e André Luis de S. Pinto / André recebe o prêmio de 1º Lugar
Fotos: Jornal Nosso Vale
Deste pequeno pedaço de chão, vários sons aos poucos foi se ouvindo. E foi se ouvindo aqui e acolá, e esses sons que iam-se formando, atravessavam cada habitante de maneira que os deixavam repletos de novos sentimentos e todos sentiram que isso era bom. Mas os sons transpuseram as montanhas e foram rasgando a terra e ganhando todo esse chão. Em outras fronteiras foi parar e logo, esse pedacinho de chão que antes era nosso entre os dedos, transformou-se em uma imensidão.
E a magia entre eles, fez com que as coisas pequenas parecessem grandes e como tal se aceitassem.
Usavam uma bandeira de cor amarela, desenharam nela uma espada, como símbolo de sua luta. E que lembrava a todos o motivo pelo qual estavam sempre juntos. E ela ficava lá, em lugar visível e bem alto, se agitava com o vento e se movia pelo espaço como que se espalhava os sons pelos confins que se sabia.
A partir daí, todos os anos, de todas as partes vinham sacerdotes que com seus instrumentos mágicos, traziam consigo o alimento para a alma desse povo. E durante esses três dias, realizavam um ritual que maravilhava a todos.
És tanto mais divino quando reconheces que és apenas um homem.
E como Deus, não deu a este homem, o poder de decidir sobre a sua própria vida, como pode um homem pretender amar mais a alguma coisa do que a si mesmo? E logo foram perdendo alguns desses amigos.
Chora, mas seu coração continua inabalável.
_”Não poderei mais falar-te e ouvir-te? Nunca mais te verei, então, ó irmão mais caro do que a vida! Ah, ao menos amarte-ei sempre.”
E aquelas palavras, que o vento espalhou nesta intensa magia, ia transformando a cada amigo, em seres mágicos a quem chamavam de “AMJUS”.
E para cada jovem, que tomado pela vontade da transformação, se aproximava para manter esse ritual, enviavam sons divinos que os faziam unidos em torno deste ideal.
O desejo de conhecimento é o mais natural. Experimentamos todos os meios suscetíveis de satisfazê-lo, e quando a razão não basta, apelamos para a experiência. Através de várias provas, a experiência cria a Arte e o exemplo alheio mostra-nos o caminho.
E este caminho foi seguido por toda essa comunidade, que sentindo o poder destes sons, multiplicavam para todos os estrangeiros de forma que se espalhou pelo mundo.
Até hoje, três dias de festas arrastam uma imensidão de pessoas para aquele lugar, que de várias partes do mundo vem para alimentar suas almas. Esses sons mágicos uniram pessoas, povos, civilizações que de geração após geração tem se reunido para esta celebração divina.
E nos dias de hoje, todos esses “AMJUS” se unem para relembrar o primeiro dia desta celebração, e geram tal energia, que é como se fossem o próprio som que um dia souberam criar.
Muito tempo se passou, desde a primeira vez e aquela bandeira já não mais figura como símbolo de concórdia ou sinal, de que, em algum momento no passado, existiu aqui um grupo de jovens que acreditou em seu ideal e com isso transformou uma comunidade.
Nenhum livro foi escrito para contar essa história, em nenhum lugar existe uma estátua para que se possa lembrá-los. Foi assim e será até o sempre, os mais velhos contam aos mais novos, para que suas histórias passem de geração para geração.
Mas, se por ventura este gesto nobre de criação, os homens vierem a se esquecer, com certeza a história jamais os esquecerão.”
( João Butoh, Julho/1997)
Na segunda quinzena do mês tem Quermesse na Capela de São Sebastião, em comemoração ao aniversário do santo.
As escolas de samba da cidade, desfilam pelas ruas do centro sempre por volta das 20h30.
Na sexta-feira de carnaval sai às 18h00 o "Arrastão Cultural" da Ogawa Butoh Center, um trio elétrico cruza as ruas do centro da cidade convocando os foliões e o povo em geral abordando temas referentes a história da cidade, bonecões gigantes de personalidades históricas e outras que contribuíram para a história do carnaval de São Simão -SP. O comércio local colabora e fornece camiseta temática gratuitamente para os foliões.
O Carnaval de rua na cidade é tradição desde o Séc. XIX.
Naquela época, a cidade virava um verdadeiro "campo de guerra".
A população começava a se preparar muito tempo antes da época do carnaval, fazendo com cera, as "laranjinhas", as quais eram cheias com água perfumada e serviam para serem arremessadas nos transeuntes mais distraídos. O Largo da Matriz era o local onde haviam verdadeiras guerras. Quem não queria ser atingido, não deveria nem se aproximar do local.
Os que não se contentavam com o banho que a laranjinha provocava, colocavam à porta de suas casas tinas ou outras vasilhas com água.
Além das laranjinhas, farinha de trigo e pó de sapato (talco), também entrava na prática. O "entrudo" como era chamado, era praticado por toda a população sem distinção de classes.
Os jornais da época, noticiavam o entrudo como sendo algo bastante normal , alegre, divertido e bastante aguardado pela população. Não existiam bailes carnavalescos e as pessoas se divertiam nesta única ocasião. O que não é difícil imaginar como era.
Claro que haviam quem não concordava com a prática "violenta". Também eram vítimas da folia, os que chegavam de trem na cidade. A sujeira que a laranjinha causava com a farinha ou o talco, era o que mais aborrecia as pessoas.
Eram poucos os homens que tinham vários ternos e chapéus para poderem sair à rua "limpos". Mesmo as mulheres, que usavam vestidos longos, também eram vítimas sem precedentes. A polícia então começou a reprimir o entrudo, determinando até o horário da folia.
Os foliões mais fervorosos não aceitavam estas determinações, então começaram a usar fantasias e atacavam suas vítimas mascarados, para não serem reconhecidos.
Com o tempo e ajuda da polícia, as laranjinhas deixaram de ser usadas. Então vieram o confete, a serpentina e o lança perfume.
Mas as batalhas continuaram, o Largo da Matriz continuou a ser o cenário, mas a Matriz mudara de local. Demoliram a Matriz Velha e removeram o cemitério que havia atrás da mesma.
As batalhas de confete atravessaram para o Séc. XX, com a colaboração dos imigrantes, tomaram outras feições. Os bailes carnavalescos apareceram, eram animados por orquestras e realizados no Theatro Carlos Gomes, onde havia bailes à fantasia com distribuição de prêmios às melhores fantasias.
A Sociedade em pleno desenvolvimento econômico devido ao plantio do café, passou a realizar desfiles de carros pelas ruas, chamados de "corsos". Eram carroções enfeitados puxados por cavalos e burros. Anos depois os automóveis, que eram pouquíssimos, se juntaram no cortejo e claro era atração para toda a população.
O Largo da Matriz Velha, passou a chamar Praça Dr. Jorge Tibiriçá. Ganhou vida nova com coreto e a construção do prédio da Sociedade Pátria Italiana.
O corso saia pelas principais ruas da cidade, já era tradição a confecção de carros alegóricos que eram puxados por cavalos. A população se dirigia para a Pça Dr. Jorge Tibiriçá, onde se realizavam as batalhas de confete, e por volta das 21 horas, iam para os bailes no Theatro Carlos Gomes e na Sociedade Pátria Italiana.
Outros Clubes vieram a ser criados e foi no final da década de 1960, as batalhas de confete, bem como o carnaval de rua, tiveram sua derrocada. O militarismo restringiu o carnaval aos bailes carnavalescos nos clubes. Vivíamos sob censura. Tudo era controlado, e os foliões mais uma vez mascararam a insatisfação e revolta por meio das marchinhas tão populares na época.
O corso nesta época saia da frente do Clube Recreativo, no domingo de carnaval após a matiné. Os pais esperavam seus filhos de carro e quando terminava a sessão, todos saiam em desfile pela cidade.
Foi em 1972, que o povo começou a voltar às ruas da cidade. Com a fundação da Escola de Samba "Ouro e Prata", o carnaval de rua passou a tomar outro fôlego.
Com o final da Ditadura, os Clubes voltaram a ficar cheios, voltaram os concursos de fantasias e blocos, e a Escola de Samba "Ouro e Prata" brilhava cada vez mais.
A cidade ficava cheia de visitantes, e os clubes que estavam sempre abafados, não conseguiam suportar a quantidade de foliões. A rua Rodolfo Miranda ficava cheia de gente que ia de um clube para outro - do Recreasta para o Líder Clube, aproveitando o intervalo das bandas para se divertirem todo o tempo.
Foi em 1991, que aconteceu o primeiro baile carnavalesco ao ar livre. Foi nas imediações do Terminal Rodoviário, onde é realizado até hoje.
Houveram várias tentativas da volta dos bailes aos clubes, mas os simonenses já haviam ganho a rua mais uma vez. A cada ano novidades foram conquistando ainda mais os foliões. Área coberta, bares, banheiros, boa música, etc.
Na sexta-feira de carnaval sai às 18h00 o "Arrastão Cultural" da Ogawa Butoh Center, um trio elétrico cruza as ruas do centro da cidade convocando os foliões e o povo em geral abordando temas referentes a história da cidade, bonecões gigantes de personalidades históricas e outras que contribuíram para a história do carnaval de São Simão -SP. O comércio local colabora e fornece camiseta temática gratuitamente para os foliões.
Conjuntos, bandas, trios Elétricos, repúblicas, esta é a nova cara do carnaval de rua de São Simão. E pelo que parece, assim o será por muito tempo.
Em 2006 foi o primeiro ano da Caça ao Tesouro, entre sábado pela manhã e terça-feira a noite, uma verdadeira multidão sai em busca de um pequeno baú enterrado em perímetro urbano determinado por um mapa fornecido pela organização do carnaval de rua. As pistas publicadas em jornal local dizem respeito a história da cidade, e quem souber descifrar o enigma, consegue chegar primeiro no local onde o tesouro está enterrado e ganha prêmio em dinheiro. Os dois primeiros anos o tesouro foi encontrado, em 2008 não e o prêmio era de R$1.500,00.
Carnaval de rua 2006 - Praça da República
Foto: Analídia Ferri
Bonecões gigantes da Ogawa Butoh Center
Arrastão Cultural - Carnaval 2006
Fotos: Analídia Ferri.
Pça da República - Carnaval - 2008
Fotos: Acervo OBC.
Sambódromo - Carnaval - 2008
Fotos: Acervo OBC.
Desfile Escola de Samba Ouro e Prata - Carnaval - 2008
Fotos: Acervo OBC.
Batucada Independente - Carnaval - 2008
Fotos: Acervo OBC.
Neuza Mahlow e Marly Amaral do Bloco "Bom dia Comunidade" - Carnaval - 2008
Fotos: Acervo OBC.
MARÇO
ABRIL
Abril é o mês dos artistas simonenses, com exposições e apresentações nas mais diversas modalidades artísticas (Artes plásticas, dança, teatro, fotografia, etc.)
MAIO
Torneio Interno de Futsal "RENATO VIANNA" da Prefeitura Municipal. Na Quadra Municipal de Esportes "Edmur Aparecido Medeiros".
JUNHO
Nos finais de semana tem Quermesse na Capela de Santo Antônio, em comemoração ao aniversário do santo. E no bairro de Bento Quirino, também é realizada quermesse na Paróquia de Santo Antônio.
JULHO
Mês de férias, a cidade volta a ficar bastante animada. Há mais de 30 anos, acontece o Torneio de Férias de Inverno. Um mês de torneio, no Ginásio Municipal de Esportes "Amadeu Geraigire", Competidores com idade acima de 16 anos.
AGOSTO
SETEMBRO
Torneio de Futsal "PIPA BERNARDES". Um mês de torneio, no Ginásio Municipal de Esportes "Amadeu Geraigire", destinado a crianças de 08 a 17 anos.
OUTUBRO
Na primeira quinzena tem Quermesse na Capela de São Benedito no Jd dos Imigrantes, em comemoração ao aniversário do santo.
NOVEMBRO
Nos feriados sempre tem programação com música ao vivo pra dançar.
DEZEMBRO
A Praínha do Tamanduá já se tornou local de frequência obrigatória, e a cidade aos poucos vai tomando um ritmo mais animado com a chegada do pessoal que vem pras festas de final de ano e as férias.
OUTROS EVENTOS:
WEINDORF - A FESTA DO VINHO A Weindorf - A Festa do Vinho, tradicional festividade alemã, teve a sua 1ª edição no Brasil, realizada em 1997, quando o Presidente Fundador da Ogawa Butoh center - João Butoh, retornou da Alemanha onde residia, para assumir a Secretaria Municipal de Cultura de São Simão-SP.
SEMANA CULTURAL MARCELLO GRASSMANN O artista, nascido em São Simão em 27 de setembro de 1925 (faleceu em São Paulo-SP em 21 de junho de 2013), foi para a capital com 7 anos. Seu pai, de ascendência alemã, era mecânico. Em São Paulo, Grassmann fez o curso primário e completou seus estudos numa escola técnica onde aprendeu fundição, solda e se especializou em fazer entalhes na madeira. Mas a indústria de móveis não contratava quem fazia peças únicas. Foram seus colegas nessa escola três artistas plásticos que também tiveram notável desempenho: Flávio Shiró Tanaka, Otávio Araújo e Luiz Sacilotto. O jovem Grassmann descobriu que suas habilidades de entalhador eram úteis para produzir xilogravuras. Fez uma série delas, revelando desde o início uma inclinação para o fantástico, para a criação de seres insólitos e para uma obsessiva busca do esmero técnico, do bem fazer aliado ao fazer bem-feito. A coleção Mário de Andrade, reunida no Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo, possui gravuras e desenhos de Grassmann. No verso de um deles, Mário, morto em fevereiro de 1945, anotou: "Marcelo Grassmann - Tem 19 anos." Por essa época, Sérgio Milliet, rigoroso e atilado crítico de arte, comprou para a Biblioteca Municipal de São Paulo alguns desenhos do artista. "Foi a minha primeira venda", recorda Grassmann. Uma contínua explosão de prêmios coroou seu talento: medalha de prata (1950), medalha de ouro (1951) e prêmio de viagem à Europa (1952) no Salão Nacional de Arte Moderna do Rio; melhor gravador e melhor desenhista nacional na 3.ª e 4.ª Bienal de São Paulo; prêmio de desenho na Bienal de Paris; sala especial na Bienal de Tóquio, etc. Exposições em Viena (com Max Ernst), Londres, Roma, Milão, México, Buenos Aires, na Índia, na Argélia, na Bélgica, na Turquia, nos Estados Unidos, nas capitais de quase todos os Estados brasileiros foram chamando para o trabalho do artista surpresa e admiração. Em geral, chamam-no de expressionista. Mas a palavra expressionismo é uma barca enorme, onde cabe muita gente e muita diferença. Seus guerreiros e donzelas, peixes e crustáceos, cavalos e cavaleiros, tudo em seu universo temático transpira uma interioridade obsessiva que intriga. Além disso, ele nos dá uma continuidade imagética e plástica que flui de Leonardo da Vinci e de Rembrandt por esse elemento etéreo que se chama tempo, aportando entre nós com caráter próprio e inconfundível, em variáveis cambiantes de arquétipos gregos, medievais e renascentistas. As imagens nos chamam e nos causam estranheza. Simultaneamente, despertam em nós aquele bichinho provocante e investigativo chamado curiosidade. Estranheza e curiosidade nos levam a substituir a atitude de olhar pela atitude de ver. Se nos aproximamos dos quadros descobrimos a extraordinária elaboração dos mesmos no entrecruzamento de linhas, traços de pena fina e de pena grossa se adensando nos pontos certos ou se aclarando com precisão decidida, volutas e volúpias de gestos configurando minotauros, elmos e olhos pasmos de guerreiros e donzelas que, enfim percebemos, além de habitar o desenho, também habitam dentro de nós. A Semana Cultural Marcelo Grassmann, teve sua primeira edição no ano 1980. Acontecendo sempre no mês de setembro, mês de aniversário do artista (27 de setembro). A EXPASI - EXPOSIÇÃO DE ARTES SIMONENSE FEIRA DE ARTESANATO SIMONENSE O Artesanato em São Simão -SP sempre foi muito rico, de materiais diversos, das técnicas mais variadas e feitos com muito capricho, você pode encontrar: doces, pães, trabalhos em macramê, crochê, bordados, patchwork, colagens, pinturas sobre tecido, quadros, esculturas, porcelanas, bonecos, peças em pintura country, camisetas, tapetes, caixas, potes, enfeites para a casa, doces caseiros, panos de prato, e muito mais...
A Semana Santa atrai um grande número de fiéis que acompanham todos os rituais religiosos. A Procisão até o alto do Morro do Cruzeiro é tradição nesta semana.
Bailes são realizados em vários locais da cidade ao longo do mês.
Na segunda quinzena tem Quermesse na Capela de São Cristóvão no Jd Cava do Bosque, em comemoração ao aniversário do santo.
Semana Cultural Marcelo Grassmann. Homenagem ao grande gravurista, com exposições e apresentações artísticas.
Nos finais de semana tem Quermesse no Lar São Vicente de Paula.
28 de outubro - ANIVERSÁRIO DA CIDADE. Uma semana com eventos esportivos e culturais.
Nos finais de semana tem Quermesse no Salão Paroquial, em comemoração ao aniversário do santo.
A idéia da festa surgiu com o objetivo de resgatar e valorizar a história dos imigrantes alemães na cidade, e ganhou corpo nas mãos do então Secretário Municipal de Turismo Alexandre Robazzi, que desenvolveu, implementou e aperfeiçou o seu formato anos após ano.
A Weindorf se tornaria a maior festa da cidade em menos de dois anos, e fazia uma homenagem bastante digna aos que trouxeram muita prosperidade abrindo uma instituição financeira - um Banco particular do próprio município, usina elétrica para a iluminação pública, a fundição de metais, a arquitetura e a engenharia de construção das casas, das quais muitas ainda permanecem de pé, como a Casa de Cultura Marcelo Grassmann que possui acervo valioso de gravuras do artista simonense, considerado como um dos melhores do mundo em sua técnica e o Theatro Carlos Gomes - com características de Teatro de Ópera, que abrigou inúmeras companhias de Ópera que por aqui se apresentavam freqüentemente, e que fizeram da cidade, passagem obrigatória do circuito cultural do país no Séc. XIX.
Em 1904, São Simão foi premiado nos Estados Unidos na Exposição Universal de Saint Louis-Louisiana, pela produção de vinho de laranja.
São vários fatos históricos, motivos para a comemoração na Festa do Vinho, e os italianos, imigrantes que em sua maioria vieram substituir a mão escrava na lavoura do café, também contribuíram com o desenvolvimento da nossa cidade.
Duas culturas diferentes, que enobreceram nosso povo e fortaleceram no passar dos anos, a tradição e a história desses imigrantes aqui, que espalharam pela nossa cidade um pouco de suas raízes e que fizeram de São Simão uma importante cidade no Séc. XIX, e também um novo lar.
Fotos: Acervo da OBC
Fotos: Jornal Nosso Vale
Fotos: Acervo da OBC
Marcelo Grassmann
Auto-retrato
carvão s/ papel umedecido com cola
1946
38,2 X 28 cm
A grande atração da semana, é a exposição das obras do artista, que fazem parte do acervo da Casa de Cultura Marcelo Grassmann.
Vários são os locais e artistas que vendem seus trabalhos, além dos ateliês particulares, a Feira de Artesanato.